Palotina - Após participar de diversas Feiras de Ciências, o aluno João Pedro Silvestre Armani (egresso do Colégio Alfa) e a professora Carlise Debastiani (diretora do Colégio Terra do Saber) foram selecionados para participar da tão sonhada REGENERON ISEF (REGENERON International Science and Engineering Fair), a qual se classifica como a Maior Feira de Ciências do Mundo. É organizada pela Society for Science e todos os anos ocorre em uma cidade diferente nos Estados Unidos, sendo que neste ano, o evento ocorreu em Atlanta, no estado da Georgia.

O projeto dos palotinenses foi o único a representar, além do Brasil, o Paraná. No total, 1.750 finalistas de cerca de 70 países e territórios competiram. A avaliação dos projetos ocorreu por meio de materiais enviados pelos finalistas, como vídeos de apresentação, documentos e relatórios científicos e, principalmente, a apresentação presencial. A Feira ocorreu de 7 a 13 de maio e englobou, além das avaliações e premiações, palestras e conversações com laureados do Prêmio Nobel, CEOs de empresas, dentre outras atividades.

O projeto intitulado “Application of agroindustrial residues in the combat of the arbovirus-vector mosquito (Aedes aegypti) – Phase II”, em português, “Aplicação de resíduos agroindustriais no combate do mosquito vetor de arboviroses (Aedes aegypti) – Fase II” conquistou duas premiações nas duas cerimônias de premiação do evento.
Na quinta-feira, houve a entrega dos prêmios especiais (Special Awards Ceremony), o projeto obteve o 2º lugar no prêmio USAID Science for Development of Global Health, da instituição U.S. Agency for International Development. Essa premiação reconheceu projetos com foco na ciência para o desenvolvimento da saúde global. Além disso, os palotinenses receberam o 4º lugar geral em Ciências Animais na cerimônia dos grandes prêmios do evento (Grand Award Ceremony).

O trabalho premiado descobriu potentes substâncias e princípios ativos para combater o mosquito da dengue, formulando três soluções inseticidas com efeito letal em ovos, larvas e pupas. Os testes foram conduzidos seguindo a metodologia proposta pela Organização Mundial de Saúde (WHO) e pela FIOCRUZ. Como resultados, altas taxas de mortalidade dos exemplares foram observadas, sendo que, em menos de uma hora após a aplicação dos produtos desenvolvidos, 100% das amostras haviam sido erradicadas em diversos tratamentos.

Sobre a conquista, João Pedro destacou que, “estamos muito felizes por podermos representar o Brasil pela segunda vez nesse evento incrível e de grande importância. Para chegarmos lá, tivemos que vencer diversos obstáculos e percorrer um caminho que envolveram diversos testes, análises e descobertas. Gratidão às várias instituições e pessoas físicas que se juntaram a nós e nos auxiliaram no desenvolvimento das mais específicas etapas do trabalho, o qual englobou as mais diversas áreas”.

Os autores destacam que o trabalho envolveu a participação de inúmeras pessoas e instituições, sendo através do fornecimento de materiais ou de informações, aos quais eles agradecem. O projeto teve o apoio do Setor de Endemias de Palotina, em especial dos supervisores Helena Wiegue e Valdir Alves Júnior, da coordenadora Terezinha Zanetti e das agentes Leoni Arcanjo, Rosalina Bastos e Sônia Silva, assim como da Wizard Palotina e dos professores da UFPR, Alessandro Sato, Lucíola Baldan, Dilcemara Zenatti, Roberta Paulert, Cláudia Brazão, Alexandre Pereira e Julião Martinez. Além deles, os palotinenses agradecem à Cotriguaçu, ao LABORTEC, C. Vale, Vinícola Bordignon, Copacol, TresBomm, Carmem Nava, Elza Seleme, Mirtes Benetti, Gládis Bonafim e Andressa Bittencourt.

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