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30/11/2015 09:49
Mais de 30% das crianças da rede municipal estão acima do peso

Não é segredo que os hábitos alimentares refletem em nossa saúde. Porém, manter uma alimentação saudável é difícil para muitas pessoas, principalmente para as crianças

Palotina - Não é segredo que os hábitos alimentares refletem em nossa saúde. Porém, manter uma alimentação saudável é difícil para muitas pessoas, principalmente para as crianças. Assim o IMC (Índice de Massa Corpórea), medido através do cálculo do peso dividido pela altura ao quadrado, é o modo mais simples de avaliação para saber se o peso está dentro da média, ou não.
Por isso, durante os primeiros meses deste ano (2015), os professores de educação física da rede pública realizaram a coleta dos dados antropométricos (peso e altura) para o cálculo do IMC dos alunos da rede municipal.
As secretárias de cada escola lançaram estes dados no SERE (Sistema Estadual de Registro Escolar), ao qual obtiveram um relatório contendo a avaliação nutricional de cada aluno. Assim com os dados e relatórios em mãos, pode-se obter um diagnóstico geral dos escolares da rede municipal. Conforme gráfico abaixo.
Foram avaliados um total de 2063 alunos o que corresponde a 96% dos alunos do ensino fundamental da rede pública municipal. Destes 1324 (64%) encontra-se em normalidade, apenas 45 (2%) em magreza e alerta para 391 (19%) e 303 (15%) em sobrepeso e obesidade respectivamente.
Diante dos resultados devemos destacar o fato de que 36% dos alunos avaliados estão com peso fora da normalidade para sua altura e/ou idade.
Comparando as avaliações realizadas nos anos anteriores, nos chama a atenção a redução drástica para os casos de magreza, que no ano de 2011 apresentava-se 25%, em 2013 5% e 2015 apenas 2%. Porém ao mesmo tempo em que se reduziu a magreza, houve o aumento de alunos com sobrepeso de 14% (2011) e 13% (2013) para 19% (2015), e obesidade que foi de 12% (2011) e 13% (2013) para 15% (2015).
Ambos conceitos (magreza ou sobrepeso/obesidade) interferem no bom desenvolvimento físico e intelectual das crianças. Mas o fato do aumento de sobrepeso/obesidade equipara-se ao cenário mundial de obesidade infantil, resultado do sedentarismo e ao maior consumo de alimentos ricos em carboidratos refinados e gorduras, levando a grandes problemas, como hipertensão, colesterol alto e diabetes ainda na infância.
Com estes resultados alertamos os pais e toda comunidade escolar quanto a importância de uma alimentação saudável ser rotina na vida de seu filho. Estimular as crianças a fazerem escolhas de alimentos mais saudáveis, diminuir a compra e oferta de guloseimas (salgadinhos, bolacha recheada, balas, chicletes, etc.) e refrigerantes, incentivar a prática de atividade física, sendo os pais e/ou responsáveis bons exemplos para os filhos na hora da alimentação.
Diante disso podemos informar que as escolas da rede municipal possuem cardápio planejado e calculado baseado na lei 11.947/2009, com oferta de lanches diversificados, nutritivos e saudáveis, com frutas, legumes e verduras, polpa de fruta natural, leite e iogurtes, carnes diversas, cereais e alimentos da agricultura familiar, sem conservantes e/ou corantes.
O nutricionista atuante no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivo contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e o rendimento escolar, além da formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, com a oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.
Fonte: Nutricionistas da SEMEC: Daniela Nava da Palma CRN8: 2508, Rosicler Mafacioli CRN8: 268 e Solange Piccin Breitenbach CRN8: 4719.

Fonte: Nutricionistas da SEMEC, 2015/Foto:Reprodução


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