Você já ouviu falar em criptococose? Já viu alguém com diagnóstico dessa doença?
A Criptococose é uma doença causada pelo fungo do Gênero Cryptococcus, esse fungo pode ser encontrado no solo, matéria orgânica, árvores, frutas secas, vegetais em decomposição, suco de frutas fermentado, fezes de morcegos e aves, destacando a importância para os pombos, que podem ser encontrados em grande quantidade na área urbana, devido à disponibilidade de alimento e abrigo. É uma infecção potencialmente fatal, podendo se apresentar de forma mais grave em pessoas com o sistema imunológico comprometido (por exemplo os soropositivos, pessoas em tratamento contra o câncer, entre outros).
É mais comum em adultos, porém em alguns casos, pode afetar crianças. A criptococose também pode afetar animais, especialmente, gatos, cães e outros animais domésticos. Ainda não há comprovação da transmissão da doença diretamente entre animais e o homem. A transmissão ocorre por meio da inalação dos esporos do fungo que estão presentes na poeira, ocorrendo infecção pulmonar e em alguns casos afetando o sistema nervoso central. Essa infecção se dissemina no organismo e a gravidade do quadro clínico depende da condição imunológica do paciente.
Os animais podem apresentar dificuldade para respirar, espirros, corrimento nasal com pus ou sangue, ferida e aumento de volume no nariz (conhecido como “nariz de palhaço”), nódulos e feridas na cabeça e pescoço, principalmente em gatos. Também podem surgir sinais neurológicos como desorientação, diminuição da consciência, dor cervical, andar em círculos, convulsão, cegueira, surdez, entre outros sinais.
Nos humanos os sintomas respiratórios geralmente são menos evidentes, em geral podem apresentar febre, tosse, dor no peito, fraqueza, perda de peso, nódulos e feridas na pele. Os pacientes com o sistema imunológico comprometido podem apresentar dificuldade respiratória, pneumonia grave, dores de cabeça, dores na nuca, alteração na visão, meningite entre outros sintomas.
Ao perceber algum desses sintomas em humanos o médico deverá ser consultado. Se o animal apresentar algum desses sinais clínicos deve ser levado ao médico veterinário para realização de avaliação clínica. O diagnóstico da doença é realizado pelo exame clínico e com exames complementares. A criptococose tem tratamento e o mesmo deve ser receitado por um médico (no caso dos humanos) ou por um médico veterinário (animais), lembre-se de não fazer automedicação.
Para prevenir essa doença precisamos evitar a proliferação de pombos nas áreas urbanas (não oferecer alimentos), umidificar os locais com fezes de aves antes de realizar a limpeza, utilização de máscara ao fazer, ao manipular materiais possivelmente contaminados.
Sabe de algum caso suspeito? Conhece algum animal com lesões parecidas? Consulte um médico veterinário.
Texto: Wellyton Carlos Rodrigues - Médico Veterinário - Doutorando em Ciência Animal – UFPR
Referências:
JULIANO, R. S. DE SOUZA, A. I.; SCHEIDE, R. CRIPTOCOCOSE FELINA. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 35, n. 1, p. 65–70, 2007.
RIBEIRO, C. L. Criptococose e pombos urbanos: uma reflexão social, ambiental e de políticas públicas. Multitemas, 24 (56), 205-222, 2019.
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