Palotina - Há exatamente um ano atrás, no dia 20 de janeiro de 2021, com muita expectativa e ansiedade, a Secretaria Municipal de Palotina iniciava a campanha de vacinação contra a Covid-19 no município. Um ato que foi realizado nas dependências do Posto de Saúde Central marcou a importante data e também a vacinação dos primeiros palotinenses que atuam na área de saúde. Na oportunidade o prefeito Luiz Ernesto, tomado pela emoção, falou da importância daquele momento, ele que foi o primeiro a ser imunizado na ocasião.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus em 2019, até o presente momento, a corrida contra o relógio para imunizar o maior número de pessoas possível, trouxe muito aprendizados. O primeiro e, talvez, o mais importante deles, é que estamos vendo que as vacinas funcionam e estão cumprindo aquilo que elas prometiam lá no início: proteger contra casos graves da doença, que exigem internação e intubação.
Em Palotina, por exemplo, ainda que os números de casos confirmados de Covid-19 estejam subindo a cada dia, o número de palotinenses que precisam de internamento está se mantendo em baixa.

Números da vacinação em Palotina
Até o final da tarde de terça-feira, dia 18, um total de 57.575 doses haviam sido aplicadas. Pessoas com idade acima de 12 anos, com 1ª dose, perfazendo 98,70%. Com segunda dose 91,94% e com o reforço 21,98%.
Crianças
Na última quarta-feira, dia 19, a Secretaria de Saúde iniciou a vacinação em crianças com idade de 11 anos.

Nesta semana a reportagem do Folha da Terra esteve em contato com a coordenadora do setor de Saúde de Palotina, Nissandra Karsten, que destacou esse primeiro ano de vacinação. Ela ressaltou que foi um ano de muito aprendizado para todos da Saúde. “Eu poderia dizer que foi um ano de muito aprendizado, acho que foi uma das campanhas de vacinação mais difíceis que nós já tivemos, pelas particularidades, pela duração e principalmente pelas mudanças que aconteceram ao longo do percurso, então a gente teve que ir se adequando a cada mudança, até porque, vírus novo e conhecimentos novos, à medida que novas vacinas vão sendo incluídas o protocolo vai sendo revisado. Então houveram várias mudanças ao longo desse um ano de vacinação, com inclusão por exemplo, de doses de reforço, com a inclusão de novos grupos, então isso foi bastante, poderia dizer assim, desafiador para nós enquanto equipe, para que a gente pudesse estar acomodando tudo isso dentro das demais ações dentro da pandemia, dentro dos demais atendimentos do setor”.

Sobre a eficácia da vacina, Nissandra foi enfática em dizer que esse é o caminho. “Eu não tenho dúvida de que a vacinação é o caminho, hoje nós estamos tendo uma grande quantidade de casos, uma progressão no número de casos, mas sem gravidade, não tenho dúvidas que isso se deve a vacina, sabemos o quanto ela é importante”.

Nissandra disse ainda que às vezes fica entristecida e até revoltada com postura de pessoas anti-vacina, que se posicionam contra, questionam e que tentam inverter o foco. “nós como profissionais de saúde temos de lutar e defender aquilo que a gente acredita, aquilo que a ciência nos prega, que os estudos nos trazem e sempre essa é a luz que a gente tem trabalhado”.

Nissandra fez questão de agradecer a comunidade palotinense, que segundo ela, aderiu muito bem a campanha, tanto com a primeira dose, com mais de 98% da população acima de 12 anos vacinada, a segunda dose também com uma boa cobertura, com o reforço que está com um percentual menor, mas que em virtude do aumento dos casos está tendo bastante procura e agora com o novo desafio que é a vacinação de crianças.
Por fim Nissandra disse que existem regras para o processo, que é necessário prestar contas, fazer relatórios, tem uma série de itens a serem observados, que às vezes ficam nos bastidores e que não aparecem para a comunidade. “De uma maneira geral após esse um ano de muito trabalho, dedicação e muita reprogramação eu acho que o sentimento é de dever cumprido, sabendo que todo esse trabalho por mais difícil e desafiador que foi, contribuiu para que a gente pudesse reduzir significativamente os internamentos e as mortes”.