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05/01/2022 10:55
Criação de tilápias gera renda no Paraná

A C.Vale está processando 115 mil tilápias/dia em seu frigorífico

Quatro anos depois de dar início a seu sistema de integração para produção de peixes, a C.Vale ultrapassou a marca de 100 mil tilápias de abate por dia. A cooperativa paranaense está processando 115 mil tilápias/dia em seu frigorífico no município de Palotina. No oeste do Paraná está o maior polo de produção de peixes do estado, um indicativo da predisposição dos agricultores de diversificar atividades para reduzir a dependência dos grãos. A região já tinha muitos produtores atuando no mercado livre em que os riscos e dificuldades são maiores. Os criadores tinham que se virar por conta própria para conseguir assistência e assinar promissórias nas compras de ração. O dilema maior era na venda, sem garantia de compra e riscos de calotes.

A C.Vale chegou ao final de 2021 com 207 integrados. Depois de processadas as tilápias transformam-se em cortes que são destinados ao mercado interno, Estados Unidos, Japão e outros países asiáticos. A cooperativa fornece os alevinos, ração, assistência técnica, faz a despesca, ou seja, a retirada dos peixes, a industrialização e a comercialização. O produtor entra com os tanques e o manejo. “A integração entre produtor e indústrias é o caminho que o segmento está tomando para a produção em larga escala. É a fórmula que tem mostrado maior eficiência porque favorece a ambos”, explica o presidente da C.Vale, Alfredo Lang. Ele entende que a busca por carnes mais saudáveis fará o consumo de peixes crescer no Brasil.

GERAÇÃO DE RENDA
Produtores que decidiram apostar na piscicultura estão colhendo os frutos desse investimento. Para a família Schach, a experiência de 42 anos de Arlindo com a piscicultura e a construção de um frigorífico de peixes pela C.Vale fizeram surgir as condições para que o filho Alisson se tornasse um grande criador de tilápias. O peixe passou a fazer parte da rotina em 1977, no início, apenas para consumo próprio. Pioneiro da piscicultura em Maripá, também no oeste do Paraná, Arlindo foi incrementando o manejo e ampliando a produção. Dos tempos em que era produtor independente, Arlindo lembra que uma das dificuldades era oferecer garantias para comprar ração. No entanto, nada se comparava com os problemas de comercialização, o conhecido calote. “Já levei calote de 40 toneladas de peixe”, admite. Por isso, quando a C.Vale construiu o frigorífico de peixes, em 2017, ele não pensou duas vezes: investiu R$ 500 mil na ampliação da estrutura da “Fischland” (Terra do Peixe) e passou a fazer parte do sistema de integração da cooperativa.

Os resultados conseguidos pelo pai animaram o filho Alisson. Ele comprou 13 hectares e converteu 7,5 hectares em lâmina d’água. Alisson espera pagar a terra e a infraestrutura em dez anos, considerando rentabilidade de 50% alojando mais de meio milhão de tilápias por lote. A nova empreitada do filho agradou ao pai. “Gostei que ele investiu para dar continuidade ao que a gente começou”, diz.

Fonte: Assessoria C.Vale


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