Palotina – Em entrevista concedida nesta semana para a Nova Rádio Cultura o diretor do Hospital Municipal Prefeito Quinto Abrão Delazeri e também integrante do Gabinete de Crise, criado para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, disse que o município está desenvolvendo diversas ações para dar suporte nesta fase crítica.
“A gente tem conseguido dar a resposta a demanda da população de Palotina, graças a Deus a gente não tem tido tantas queixas do ponto de vista respiratório, não tivemos nenhum caso confirmado no município, então de momento as medidas tomadas têm sido eficazes, esperamos que isso continue assim, os estudos e a perspectiva que tem trazido aqui essa demanda ainda não alcançou seu pico, estão dizendo na segunda quinzena de maio, junho que seria o pico maior, mas de momento as expectativas têm sido boas”, disse.
O médico também fala sobre o Centro de Triagem implantado no Clube do Vovô.
“O que se defende muito agora é a criação de estrutura que estejam capacitadas para atendimentos se houver de forma súbita um aumento da demanda e a ideia também é tentar igual o que a gente tá defendendo o isolamento social, evitar as aglomerações, a gente tá tentando também diminuir os fluxos, ou seja, aqueles pacientes que possam apresentar queixas respiratórias que eles possam ser atendidos num lugar exclusivo isso também diminuiria o contato com outros pacientes oriundos de outras queixas, então a ideia inicial de criar também foi nesse sentido de haver um certo respeito e um certo cuidado nesse isolamento que a gente tem defendido tanto, então realmente a gente pensou, foi uma decisão conjunta com várias pessoas”.
O diretor defendeu que o isolamento social é muito importante para conter a propagação do vírus. “Eu gosto de acreditar que não aconteceu o pior porque a população fez a sua parte, porque cientificamente o que ficou demonstrado foi a eficácia, digamos assim, foi o isolamento, então que foi essa diminuição do movimento do vírus, diminui o número de casos ao mesmo tempo, o que se defendeu muito era a preocupação de ter vários casos ao mesmo tempo e é o que poderia vir colapsar o sistema, cientificamente falando e pessoalmente falando, eu acredito que o isolamento teve e tem tido um peso importante nisso”. Ele opinou sobre a flexibilização do isolamento. “Se a gente conseguir manter um alto índice de internamento ou baixo índice de infectados ou de diagnósticos a flexibilidade não vai ser ruim, agora se aumentar de forma súbita o número de casos uma das culpas pode cair sobre essa flexibilidade, então como de momento o fluxo tem sido baixo, não pode se dizer que essa certa flexibilidade pode ter sido ruim, porque também se questiona e discute muito a economia, a importância da economia na sociedade, em Palotina de momento não há um reflexo, o que nos preocupa foi a informação que no Gabinete de Crise chegando em nós é que muitas pessoas também fazendo aglomerações, fazendo festas, isso nos preocupa, uma coisa é flexibilidade outra coisa é começar a fazer aglomerações, eu acho que são situações que nós como sociedade temos que de momento saber separar bem”.
Profissionais
O diretor do Hospital Municipal também destacou sobre o trabalho dos profissionais. “Todos nós profissionais que estão à frente também temos famílias, também estamos em uma exposição maior, então há uma sensibilidade muito maior em todos os profissionais só que cabe a nós todos os dias tentar amenizar dentro do possível essa preocupação que existe nos profissionais, claro que isso as vezes pode mudar ou pouco mais ou menos conforme o fluxo de atendimentos que nós temos, quando aumentamos o atendimento, aumentar o número de queixas respiratórias claro que aumenta a exposição desses profissionais, de momento tem sido mais tranquilo porque não tem uma demanda que tem exigido muito isso, mas essa sensibilidade pode aumentar em qualquer momento em função do número de casos que possa apresentar”.
O médico também falou sobre como está a sua família nesta fase de pandemia. “Eu brinco com minha esposa e com meus filhos sobre isso, porque eu tive a oportunidade de viver muitos anos fora do Brasil, longe da família e a gente sempre quis voltar para estar próximo, só que agora nós estamos próximo da família e temos que estar longe da família, porque nós também tivemos que fazer o isolamento social, também tivemos que se separar dos avós. As vezes os meninos ficam perguntando, querem visitar o avô e não visitam, não é o coerente, o correto no momento, eu tenho feito como cidadão aquilo que eu acredito ser correto, também tenho feito isolamento social, a gente tem se limitado a não sair, a não procurar aglomerações, quando vamos ao mercado só um dos membros da família vai, temos muito cuidado com a higiene, sobretudo lavar as mãos, estamos tentando fazer o mesmo que orientamos as pessoas a fazer, é fácil não, estar sozinhos, a gente sente falta da família, mas no momento eu acho que é um sacrifício válido”, finalizou.
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