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Geral/Região
15/07/2020 21:58
Comerciantes fogem de Salto del Guairá, síntese dos problemas de fronteira

A cidade paraguaia de Salto del Guairá se transformou num cemitério de lojas. Nada menos que 1.400 fecharam e metade dos comerciantes saiu da cidade. A debandada inclui também as agências bancárias, que já não veem perspectivas para negócios.

Há 4 mil desempregados, número que deve subir para 11 mil ou mais, já que entre 20 e 22 negócios são fechados por dia, com uma média de 250 demissões diárias, segundo Víctor Stanley, representante do setor, em entrevista ao La Nación. "É lamentável, não vem nenhum apoio", diz Stanley.

Segundo ele, há cerca de 40 dias já havia pedido à ministra de Indústria e Comércio, Liz Cramer, uma injeção, de capital no setor, para não haver demissões, mas até agora não houve nenhum avanço.

Sem covid-19

Curiosamente, Salto del Guairá não teve até agora nenhum registro de covid-19, doença que provocou as medidas de contenção do coronavírus, que incluíram o fechamento das fronteiras. Ainda bem, porque as condições de saúde do município são precárias.

O prefeito de Salto del Guairá, Carlos Haitter, também apresentou sugestões ao Ministério de Indústria e Comércio, bem como à Secretaria Nacional de Turismo.

“Levamos três propostas, que eu acredito que devem ser implementadas em Salto del Guairá. A pandemia, sabemos quando começou, mas não quando termina, e como a nossa clientela do comércio é brasileira, dependemos da condição sanitária do Brasil, por isso deveríamos ir pensando em mudar de clientela", disse o prefeito, em entrevista à emissora GEN (e publicada no La Nación).

Ainda segundo o prefeito, isso não quer dizer que se deve esquecer a clientela brasileira, "que é a que mais impacta na economia da região". Mas alguma coisa precisa ser feita enquanto não são dadas as condições para que as condições para que as fronteiras com o Brasil se abram.

Fonte: H2Foz/Foto: La Nacion


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