Bolsa
IBOVESPA
|
Câmbio
Dólar |
Euro |
Peso Arg |
Ouro (onça) |
Geral/Região
14/05/2018 10:26
Mulheres que inspiram: Eligia Leszczynski, a primeira professora de Palotina

Eligia Silvia Leszczynski foi uma das primeiras mulheres que chegaram a Palotina

Palotina - Eligia Silvia Leszczynski é uma das primeiras mulheres que chegaram a Palotina. Pisou em terras palotinenses em 31 de dezembro de 1953, com o pai Luiz Angelo De Carli, a mãe, Maria Donin De Carli, o irmão Geadir e a família de sua irmã Ires Luiza casada com João Bortolozzo. Aqui chegaram para administrar a recém-construída república, que era um casarão para alojar as pessoas que vinham conhecer essas terras.

A cada dia chegavam mais e mais famílias e traziam seus filhos, não havia escola e a Sra. Eligia foi convidada pelo Sr. Zardo, diretor da Companhia Pinho e Terras, para dar aula a essas crianças. Tornou-se assim, a primeira professora do município. Trabalhava como voluntária, ministrando aulas e catequese. Começou com dois alunos e logo faltou espaço na sala improvisada na república. Como o número aumentou muito, passou a ser uma classe multisseriada, sem documentação oficial. Foi professora durante cinco anos, nos últimos dois, já como professora contratada do município de Guaíra.
A república tinha 40 leitos no sótão, no andar térreo ficava o refeitório e no porão as famílias guardavam seus pertences até terem suas casas. A água não era encanada, era trazida do rio com baldes, luz à base de lamparinas. As três mulheres, a mãe Maria com as duas filhas, Ires e Eligia, tomavam conta de todos os afazeres domésticos: cozinhar, limpar, lavar a roupa, manter a república em ordem.
Em 1958 casou-se com o Sr. Eugenio Leszczynski e passou a cuidar do comércio que a família abriu e durante muitos anos dedicou-se a esse trabalho. Teve quatro filhos: Edson Luiz, Marcos Antonio, Jorge Luiz e Gustavo André, destes três moram em Palotina e um no Canadá, tem seis netos.
Palotina era esperança de futuro, enfrentar a mata, as dificuldades a fizeram uma mulher forte e de muita coragem. Não se lembra de ter tido um dia de arrependimento por todo o trabalho realizado, recorda dos esforços iniciais como desafios a serem vencidos. Tem muita gratidão pela vida que teve e tem. Em sua simplicidade vê na honestidade e no trabalho o centro da vida. Ama essa cidade que viu nascer e crescer, não imagina uma vida sem dificuldades a serem enfrentadas, cada uma em seu tempo.
Hoje, suas mãos cansadas, mas de grande habilidade, confeccionam meias e gorros de lã que são doados ao Lar da Fraternidade e demais entidades do nosso município. Trabalho esse que desenvolve com muito amor e carinho como uma forma de agradecer as dádivas recebidas em sua vida.
Deseja que todas as mulheres sejam guerreiras em suas lidas cotidianas, sente-se grata pela vida que Deus lhe proporcionou. “Meu passado conta uma história, o futuro é um mistério e o presente uma dádiva”, conclui a pioneira. Fonte: (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher).

Fonte: Conselho da Mulher Foto: Adriano D’Paula


PUBLICIDADE