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01/05/2018 23:09
Inclusão social: Alunos especiais recebem ensino diferenciado em Palotina

Em Palotina, existem salas de aulas específicas para portadores de necessidades especiais e professores capacitados para aplicar o conteúdo

Palotina - A educação especial está cada vez mais presente na sociedade. Em Palotina, existem salas de aulas específicas para portadores de necessidades especiais e professores capacitados para aplicar o conteúdo. Os alunos aprendem disciplinas como Geografia e Ciências de uma forma diferenciada, sendo assim, os professores são os agentes do conhecimento e de inclusão dos alunos com necessidades especiais. Em Palotina existe o CAEDV (Centro de Atendimento ao Deficiente Visual).
A professora Jorcelina Ana Ventura Lino aplica aulas na Escola Municipal Joaquim Monteiro Martins Franco, na sala multifuncional do Tipo 2, para alunos que apresentam problemas na visão e também para os que não possuem visão.
Em relação aos alunos que possuem algum problema de visão, sendo os mais comuns, o estrabismo e miopia, a professora relata que são usadas várias técnicas para melhorar ou sanar as dificuldades visuais dos estudantes. “Os alunos recebem uma avaliação de um médico especialista antes de iniciar as aulas. Após isso, os alunos são encaminhados para a escola e é feita a estimulação visual dos mesmos, sendo que a cada seis meses os alunos retornam ao médico para nova análise e diagnóstico do que precisa ser melhorado”, disse a professora.
Em relação aos estudantes que não possuem visão, Jorcelina salienta que são ensinados a esses alunos o método braille, através da leitura de livros e o método Dosvox que é um programa de computador que consiste num sintetizador de voz que ensina os alunos. “Com o Dosvox, os estudantes acessam e-mails, redes sociais, jogos, músicas entre outros programas no computador, eles gostam muito dessa dinâmica”, relata Jorcelina.
A professora disse que atende 22 alunos, destes, cinco não possuem visão. O material utilizado nas aulas é disponibilizado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pela Fundação Dorina Nowil. Jorcelina é formada em educação especial e possui cursos específicos na área. A professora comenta que o aluno mais novo tem 11 meses e o mais velho tem 56 anos e acredita que há mais de 15 anos são praticadas aulas com alunos especiais em Palotina. “Desenvolvemos em sala de aula atividades que ajudam o sistema cognitivo dos alunos, estimulação visual, passeios curtos fora da sala de aula, que são realizados nas calçadas, atividades com bolas coloridas e com tecidos com contrastes.

Deficiência intelectual
Na Escola Municipal Joaquim Monteiro Martins Franco em Palotina, também são realizadas aulas para portadores de deficiência intelectual. Quem aplica aulas é a psicopedagoga Sueli Maria Pereira Benincá, que trabalha com educação especial, na sala de recurso multifuncional Tipo 1 e atende 17 alunos na escola Joaquim e atende 16 alunos na Escola Professora Terezinha Giron Augustini, do 1º ao 5º ano em ambas as escolas. As aulas que eu aplico são para alunos com dislexia, autismo, hiperativos e que possuem alguma deficiência na área motora. “Trabalhamos com a estimulação da área cognitiva, acompanhados de laudo médico, para que as crianças com necessidades especiais possam ter autonomia e aprendam a ler e fazer as atividades que os outros alunos fazem. O objetivo é para que os estudantes especiais sejam inseridos no ensino regular. Nas aulas costumo trabalhar de forma didática, com movimentos, bolas, cores, balões, cadernos e computador. Precisamos ter muito carinho com esses alunos especiais, muito amor e dedicação”, disse a professora Sueli.
A professora Ivete Mocelin Devite também atende alunos da educação especial na Escola Joaquim que possuem alguma deficiência intelectual. Para Ivete, é motivo de satisfação ser educadora da educação especial: “Ensinar alunos especiais significa ter comprometimento e auxiliá-los em suas dificuldades para que os mesmos evoluam no aprendizado”, destaca Ivete.

Alunos
Os alunos Eloir Terezinha Rossatto e Leandro Furtado, possuem deficiência visual e frequentam as aulas uma vez por semana na Escola Joaquim.
Eloir frequenta há 12 anos em Palotina as aulas e diz estar satisfeita com os resultados: “Depois que comecei a frequentar as aulas, obtive mais liberdade, melhorou meu diálogo e a comunicação com as pessoas. No computador eu gosto de acessar o facebook”, destaca Eloir.
Leandro frequenta as aulas há 10 anos e se diz motivado com os resultados: “Depois que comecei a estudar minha vida mudou completamente e hoje sou servidor público. Para mim, estudar te abre portas e conquistas”, relata Leandro, que trabalha com reformas de cadeiras trançadas com fibra.

Fonte: Folha da Terra Fotos: Marcelo Nava/Celso Becker-FT


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