Cascavel - O cooperativismo da pecuária de corte e como preparar uma “lavoura” de carne foram temas de palestras desta quinta-feira, no Show Pecuário 2017. Os palestrantes informaram as vantagens da integração e os benefícios de realizar um planejamento da lavoura que servirá de alimento aos ruminantes. Promovido pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela Sociedade Rural do Oeste do Paraná, ele acontece no Parque de Exposições Celso Garcia Cid e é uma oportunidade de capacitação, atualização e aquisição de novos animais aos criadores do Oeste do Paraná.

Com a palestra intitulada “Modelo de Cooperativismo e Sustentabilidade na Cadeia da Carne Bovina”, Marina Araújo Azevedo falou sobre a integração na bovinocultura de corte. Ela é formada em medicina veterinária pela UFPR e desde 2010 é gerente do departamento técnico da Cooperaliança, de Guarapuava. A indústria abate em média 1.600 animais por mês e participa do Programa Carne Angus Certificada. “Além de valorizarmos a produção, pagando mais pela arroba e comercializando, somos mais fortes nas crises. Os associados da Cooperaliança, por exemplo, estão recebendo bem mais do que a média do mercado, que caiu muito. Sempre pagamos mais pela arroba, mas hoje pelo menos estamos remunerando em 20% a mais do que em outros locais”, afirmou.

Já Davi Teixeira, doutor em produção animal, pós-doutor em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária e diretor executivo da SIA, empresa de consultoria, palestrou sobre a importância de planejar a alimentação dos ruminantes e como a integração pode ser vantajosa. A empresa que ele trabalha atua em 1.100 propriedades rurais entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná com pecuária de corte, leite e integração lavoura-pecuária. Diversos exemplos e cases de sucesso foram apresentados aos presentes. “Tentamos passar que a ‘lavoura’ de carne precisa ser levada da maneira mais profissionalizada possível, desde fases de análise estratégica, planejamento financeiro e técnico, implantação das ações e monitoramento delas, com objetivo de atingir as metas. A pecuária não pode ser mais atrasada em relação à agricultura”, frisou Davi.